quinta-feira, 22 de setembro de 2016

A história do Casato Soldi

A primeira notícia sobre os Soldi, surge no século XII, na Itália e, mais tarde, grande crônica é encontrada após a memorável Batalha de Montaperti, em 04 de setembro de 1260. Família Florentina, os Soldi tiveram, entre os anos de 1100 e 1530, importantes cargos políticos na República do “Florin”. Em 1375, Matteo Soldi de Frederico foi eleito magistrado, um dos que decidiam sobre a guerra e a paz e soube conduzir muito bem os assuntos militares contra o legado da Lombardia, quando lhe foi permitido acrescentar ao seu brasão a palavra “Libertas” de cor azul e em campo dourado.

Na árvore genealógica da família Soldi, encontramos Francisco Angelo Soldi, que na península ibérica, viria a iniciar o ramo espanhol da família; e a nobre senhora Lucrezia Soldi, mãe de São Filippe de Neri (Felippe foi o fundador da Congregação do Oratório, recomendável pelos dons da profecia e dos milagres. Nasceu em Florença, em 21 de julho de 1515. Não tinha mais que oito ou nove anos, quando recebeu uma prova visível da providência divina em uma queda que teve numa varanda, sem que lhe sucedesse mal algum. A sua sabedoria e piedade cresciam com a idade; começou a tomar gosto pela vida santa e penitente dos religiosos. Quando adulto foi estudar em Roma, onde começou a distinguir-se por seu bom espírito e por suas virtudes. A sua santidade brilhava em toda a sua conduta. Morreu aos 79 anos. Foi beatificado pelo Papa Paulo V, em 1614, e canonizado pelo Papa Gregório XV, em 1622. De personalidade muito alegre e brincalhona, ficou conhecido como o Santo da Alegria, devido à sua famosa frase: "Longe de mim o pecado e a tristeza!" São Felippe de Neri é considerado o santo de devoção do Casato.)
Em nossos dias, o ramo florentino é muito próspero, pois na Toscana existiam cerca de 450 famílias de numerosos descendentes, em Marche e na Umbria, entre artesãos e apreciadores de arte, amantes de antiguidades, cineastas e poetas, além de valorosos soldados.

O ramo mais numeroso, entretanto, era o de Cremona, com mais de 500 famílias, sendo que o primeiro registro é do agricultor Giacomo Soldi, saneador do Vale do Padana, no século XVII, que fundou uma granja para fabricação de queijos em um local denominado “La Morta” e que ainda hoje pertence aos descendentes.

Do ramo genovês, são poucas as notícias sobre grandes comerciantes, soldados, generais e também senhoras brasonadas.

O ramo cremones é constituído de um vasto e variado número de componentes, valentes agricultores, industriais, comerciantes e outros notáveis Soldi encontrados nas páginas da história eclesiástica e nas associações dos bancários, jornalistas e esportistas.

Em 1922, nasceu em Cremona Fiorino Soldi, filho de Teresa Feraboli e Enrico Soldi. Fiorino era o primeiro filho, ao qual se juntaria aos irmãos Walter, Gioseppe e Virginia. Estudou no Colégio Manin, em Cremona, e quando começou a guerra, abandonou os estudos. Profundamente católico, escolheu continuar a sua missão no mundo, como laico compromissado, ligando a sua atividade com os ideais de liberdade. Em 1944 aderiu à resistência no grupo dos “Flamas Verdes”. No ano seguinte sua vida foi marcada por ter sido capturado por uma tropa alemã em retirada e usado como escudo para proteger os soldados. Foi submetido à execução por eles e, quando o oficial lhe perguntara o seu nome, a resposta empalideceu o rosto do oficial, que murmurou: “minha mãe chamava-se Soldi, era de origem italiana, morreu faz quatro anos. Foge, Soldi, foge!”

Poucos anos depois, Fiorino funda o CASATO SOLDI, a grande família que contava com cerca de 31 mil Soldi espalhados pelo mundo, na mútua solidariedade.

Em 23 de setembro de 1950, realizou o I Congresso do Casato Soldi, em Cremona, que continua acontecendo até hoje em várias regiões da Itália. Desde então, seu amor pelo Casato sobrepunha a todas as suas próprias idealizações; viajava pelo mundo praticando ações de ajuda e atendimento aos mais necessitados.

Fiorino faleceu em 06 de janeiro de 1968, quando o barco em que navegava sobre o Rio Rajang, em viagem ao oriente naufragou e, como não sabia nadar, morreu afogado. Deixou incompleto o seu último trabalho como jornalista e escritor, o romance “A Altana”.

No Brasil, inspirado pelo fundador italiano Fiorino Soldi, o Casato Soldi foi idealizado na década de 1970 por Waldemar Soldi, que ocupou o cargo de secretário internacional, instituindo sua respectiva diretoria. O primeiro congresso foi realizado na cidade de Taubaté, São Paulo, em setembro de 1974.

A partir desta data, todos os anos, no mês de setembro, os congressos são realizados nas diversas regiões do Brasil onde residem Soldi descendentes do ramo de Cremona e outros, com o incentivo do patriarca Waldemar Soldi, que a exemplo de Fiorino, amava tanto quanto ele esses encontros da família. Waldemar Soldi faleceu em 02 de maio de 2016, onde morava, no Rio de Janeiro, aos 94 anos. Durante toda a sua vida dedicou-se em perpetuar o Casato Soldi no Brasil com muito entusiasmo e perseverança.

O Casato Soldi tem como principal objetivo a união dos ramos da família SOLDI residente em todo o território nacional, com a finalidade de apregoar a paz, o amor e a solidariedade humana, além de fins beneficentes e filantrópicos.

“A verdadeira alegria vem da harmonia profunda entre as pessoas, que todos experimentam no seu coração e que nos faz sentir a beleza de estar juntos, de apoiar-se mutuamente no caminho da vida.”
(Papa Francisco)


Setembro/2016

4 comentários:

  1. O Casato Soldi fazendo história! Muito legal!

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  2. Essa é a descrição mais completa da história da Familia Soldi que encontrei até Hoje. Parabéns!!. Tive a alegria de participar do 1º Congresso no Brasil e em muitos outros. É um orgulho ser Soldi. "Todos os homens são meus irmãos, mas se for Soldi melhor ainda"

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  3. Poderia colocar o Brasão da Família no Blog. Tenho a versão do nosso brasão atualizado, se quiser é só pedir.

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  4. Também tenho o Soldi e gostaria muito de saber sobre a origem e dos parentescos !!!! nunca acho nada

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